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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Maciço Eruptivo de Sintra


O Maciço Eruptivo de Sintra é uma estrutura complexa, anelar, de pequenas dimensões e de grande variedade petrográfia. Sobressai das plataformas calcárias que o rodeiam, resultado de uma intrusão de rochas magmáticas geradas a grandes profundidades há cerca de 80 milhões de anos, que no seu contacto metaforizaram essas formações sedimentares. Posteriormente, estas foram sendo erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo.
Alonga-se de este para oeste, sendo cortado na vertente oceânica pela erosão marinha, onde, o Cabo da Roca, cai a pique sobre o mar.
As principais rochas que o constituem são os granitos, gabros, sienitos, microsienitos, traquitos e traquiandesitos. É densamente cortada por filões de natureza diversificada.
A Peninha situa-se sobre os sienitos do núcleo do Maciço Eruptivo de Sintra. A erosão em bolas ou amontoado caótico deve-se à alteração química provocada pela infiltração das águas das chuvas nas fracturas da rocha sienítica.
A Serra de Sintra funciona como barreira orográfica: na vertente norte, o efeito das chuvas é determinante para a forma de apropriação pelo Homem que aí ocorreu. Os ventos dominantes de norte - noroeste carregados de humidade, deixam-na sob a forma de precipitação ou precipitação oculta, permitindo o desenvolvimento de uma vegetação exuberante.





Actualmente, a entidade geológica dominante na Região de Sintra é o Maciço Eruptivo de Sintra. Este maciço instalou-se, em grande parte, em profundidade, em períodos de idade que vão desde os 95 a 72 milhões de anos, encaixando-se entre formações do Jurássico Superior e dando origem a uma cintura de rochas metamórficas, os calcários de S. Pedro e os Xistos do Ramalhão.
Nesta região, pode, então, falar-se em duas fases geológicas distintas - um conjunto de episódios sedimentares (Jurássico-Cretácico) e uma fase magmática (instalação do Maciço Eruptivo de Sintra) que modificou, evidentemente, o registo sedimentar existente.






Juliana Cunha

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