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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Recursos Geológicos:
Bens naturais na crusta terrestre que podem ser extraídos e utilizados a favor do Homem.

Recursos Renováveis:
São recursos que podem ser repostos à medida que são consumidos.

Recursos Não Renováveis:
São recursos que têm um processo de formação muito lento, esgotam-se rapidamente e deste modo, não é possível a sua renovação à escala da vida humana.

Num mundo cada vez mais industrializado, os recursos energéticos tornam-se vitais. O crescimento económico e o aumento demográfico fez aumentar extraordinariamente os consumos energéticos, em especial o dos combustíveis fósseis.

Combustíveis Fósseis:

O carvão, o petróleo e o gás natural são recursos energéticos não renováveis e que se aproximam rapidamente do esgotamento.
A energia que contém está armazenada nas ligações químicas de compostos orgânicos, sujeitos a complexas transformações ao longo do tempo.
O carvão é principalmente utilizado em centrais termoeléctricas para produção de energia eléctrica. O petróleo e o gás natural são utilizados como combustíveis. O petróleo tem numerosas utilizações industriais.

O uso intensivo dos combustíveis fósseis, aliado à desflorestação que se tem verificado nos últimos anos, tem contribuído para o aumento na atmosfera de gases causadores do efeito de estufa, o que conduz a graves alterações climáticas.

A extracção do carvão em minas e a extracção de petróleo em poços podem causar a contaminação dos solos e da água.

Energia Nuclear:

A produção de energia nuclear baseia-se na fissão controlada de urânio em reactores nucleares. Esta reacção liberta grandes quantidades de energia sob a forma de calor.

Energia Geotérmica:
É um recurso geológico que pode ser utilizado como fonte de energia limpa. As zonas de elevado gradiente geotérmico, como é o caso das zonas vulcânicas, são muito importantes para o aproveitamento da energia geotérmica. Este aproveitamento implica a existência de um fluido, normalmente a água, que transporta o calor do interior da Terra para a superfície.
Recursos Minerais:

Incluem numerosos materiais utilizados pelo Homem e que foram concentrados, muito lentamente, por uma variedade de processos geológicos.
Os recursos minerais podem classificar-se por metálicos e não metálicos.
Apenas em zonas muito restritas do planeta pode-se encontrar elementos químicos em concentrações superiores à da sua concentração média na crusta terrestre. Dá-se o nome de clarke à concentração média de um elemento químico na crusta terrestre. Assim, pode-se considerar que num local existe um jazigo mineral quando a concentração média de um determinado elemento químico aí identificado é muito superior ao clarke desse elemento. Tem-se um minério quando um mineral ou agregado de minerais sólido ocorre na natureza, com interesse económico e a partir do qual se pode obter, após beneficiação, um ou mais constituintes. Certos minerais contêm determinados metais, sendo os mais comuns os sulfuretos.

Juliana Cunha e Sara Mendes
Maciço Eruptivo de Sintra


O Maciço Eruptivo de Sintra é uma estrutura complexa, anelar, de pequenas dimensões e de grande variedade petrográfia. Sobressai das plataformas calcárias que o rodeiam, resultado de uma intrusão de rochas magmáticas geradas a grandes profundidades há cerca de 80 milhões de anos, que no seu contacto metaforizaram essas formações sedimentares. Posteriormente, estas foram sendo erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo.
Alonga-se de este para oeste, sendo cortado na vertente oceânica pela erosão marinha, onde, o Cabo da Roca, cai a pique sobre o mar.
As principais rochas que o constituem são os granitos, gabros, sienitos, microsienitos, traquitos e traquiandesitos. É densamente cortada por filões de natureza diversificada.
A Peninha situa-se sobre os sienitos do núcleo do Maciço Eruptivo de Sintra. A erosão em bolas ou amontoado caótico deve-se à alteração química provocada pela infiltração das águas das chuvas nas fracturas da rocha sienítica.
A Serra de Sintra funciona como barreira orográfica: na vertente norte, o efeito das chuvas é determinante para a forma de apropriação pelo Homem que aí ocorreu. Os ventos dominantes de norte - noroeste carregados de humidade, deixam-na sob a forma de precipitação ou precipitação oculta, permitindo o desenvolvimento de uma vegetação exuberante.





Actualmente, a entidade geológica dominante na Região de Sintra é o Maciço Eruptivo de Sintra. Este maciço instalou-se, em grande parte, em profundidade, em períodos de idade que vão desde os 95 a 72 milhões de anos, encaixando-se entre formações do Jurássico Superior e dando origem a uma cintura de rochas metamórficas, os calcários de S. Pedro e os Xistos do Ramalhão.
Nesta região, pode, então, falar-se em duas fases geológicas distintas - um conjunto de episódios sedimentares (Jurássico-Cretácico) e uma fase magmática (instalação do Maciço Eruptivo de Sintra) que modificou, evidentemente, o registo sedimentar existente.






Juliana Cunha
O Arquipélago das Berlengas é formado por um conjunto de ilhas e recifes costeiros situado ao largo de Peniche na plataforma continental Portuguesa, distribuídos por três grupos: Ilha da Berlenga e recifes associados, Farilhões e Estelas. As ilhas de maior dimensão atingem uma altura de cerca de 90 m, mas os restantes ilhéus e rochedos são de pequenas dimensões, por vezes apenas aflorando a superfície do mar.

Dadas as características únicas das Berlengas, nomeadamente a geografia e o clima, conduziram à especiação de três endemismos florísticos. Assim, destacam-se, pelo enorme valor conservacionista, as espécies endémicas Armeria berlengensis, Herniaria lusitanica subsp. Berlengiana e Pulicaria microcephala. É reconhecido que a flora marinha do arquipélago das Berlengas tem elevado interesse biológico. Observações recentes indicam que existem nas Berlengas numerosas espécies descritas pela primeira vez para a Península Ibérica, nomeadamente de espécies que só se encontram referenciadas para o Mediterrâneo.





Nas Berlengas estão referenciadas 76 espécies de peixes, fazendo parte deste grupo pequenos pelágicos como sardinha, sarda, cavala e carapau, que são as espécies mais importantes capturadas pela arte de cerco da frota pesqueira de Peniche. É de referir também a existência, do congro, e de algumas espécies de raias, que merecem destaque pois são também outros recursos pesqueiros desembarcados localmente. A família mais numerosa em termos de espécies engloba os Esparídeos, com 11 espécies. Fazem parte deste grupo, espécies comercialmente importantes como sargos, pargos e a dourada, entre outros. Em termos emblemáticos, é de referir a ocorrência nas Berlengas do mero Epinephelus marginatus.


A importância das Berlengas enquanto ecossistema insular, o valor biológico da área marinha envolvente, o elevado interesse botânico, o seu papel enquanto habitat de nidificação e local de passagem migratória de avifauna marinha e a presença de interessante património arqueológico subaquático contribuíram para que em Setembro de 1981 o arquipélago fosse classificado como Reserva Natural.



Sara Mendes