Um retrovírus da família do vírus da sida (VIH) foi integrado no genoma de várias espécies de lémures há 4,2 milhões de anos, segundo Cédric Feschotte, da Universidade do Texas. A descoberta pode ajudar a perceber como estes organismos evoluem, explica o cientista.

Com base nos fósseis de várias espécies de lémures da ilha de Madagáscar, os investigadores chegaram ao que acreditam ser o ADN de uma forma primitiva destes lentivírus - um género onde se incluem os retrovírus.
Analisando depois a sua evolução, a equipa de Cédric Feschotte concluiu que estes vírus acabaram por ser integrados nos cromossomas das células hospedeiras, sendo eventualmente assimilados como parte do material genético dos lémures. Isso aconteceu porque o processo repetiu-se vezes sem conta ao longo da evolução destes mamíferos.
Até agora, pensava-se que este processo era extremamente raro para os lentivírus, um grupo difícil de perceber, que infecta várias espécies de mamíferos.
Os cientistas esperam agora que a análise e caracterização do lentivírus extinto permita avançar bastante no conhecimento que temos da biologia destes organismos, incluindo do VIH.
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