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sexta-feira, 26 de março de 2010

Fósseis de lémures esclarecem origem e evolução do VIH

Peritos do Texas descobrem que um retrovírus da família do vírus da sida foi integrado no genoma dos lémures de Madagáscar há 4,2 milhões de anos.



Um retrovírus da família do vírus da sida (VIH) foi integrado no genoma de várias espécies de lémures há 4,2 milhões de anos, segundo Cédric Feschotte, da Universidade do Texas. A descoberta pode ajudar a perceber como estes organismos evoluem, explica o cientista.




Com base nos fósseis de várias espécies de lémures da ilha de Madagáscar, os investigadores chegaram ao que acreditam ser o ADN de uma forma primitiva destes lentivírus - um género onde se incluem os retrovírus.



Analisando depois a sua evolução, a equipa de Cédric Feschotte concluiu que estes vírus acabaram por ser integrados nos cromossomas das células hospedeiras, sendo eventualmente assimilados como parte do material genético dos lémures. Isso aconteceu porque o processo repetiu-se vezes sem conta ao longo da evolução destes mamíferos.



Até agora, pensava-se que este processo era extremamente raro para os lentivírus, um grupo difícil de perceber, que infecta várias espécies de mamíferos.



Os cientistas esperam agora que a análise e caracterização do lentivírus extinto permita avançar bastante no conhecimento que temos da biologia destes organismos, incluindo do VIH.

quinta-feira, 25 de março de 2010

As rochas sedimentares e os fosseis

Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos. No entanto, estas formam apenas um película superficial sobre as rochas magmáticas e metamórficas que constituem a maioria do volume rochoso crustal.

Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfície terrestre resultantes de fenómenos de meteorização e erosão de rochas pré-existentes assim como de restos orgânicos. Assim são constituídos maioritariamente por areias, siltes e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se à medida que a meteorização vai fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela erosão.

Processos sedimentares:









A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação.

Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagénese.


Os ambinetes sedimentares mais comuns:



Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados pela presença de estratificação - que resulta da formação de camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa superfície continental.

Uma outra caracterísitica das rochas sedimentares é a sua ordenação temporal. Assim numa sequência de estratos que não tenha sido modificada da sua posição original, um estrato é mais antigo do que aquele que está por cima, e mais recente do que o que está por baixo - Princípio da sobreposição.

A estratificação das rochas sedimentares e o príncipio da sobreposição:



É quando se dá a deposição de sedimentos que ocorre o enterramento de organismos que poderão originar fósseis. Nos casos em que ocorre boa preservação das evidências orgânicas, reunem-se geralmente quatro condições:

- enterramento rápido;

- com sedimentos finos;

- em ambiente marinho;

- o organismo contém partes duras.

sábado, 6 de março de 2010