Adaptação das condições de armazenamento dos lixos
Há cada vez mais uma necessidade crescente de adaptar a acumulação de lixos às condições naturais, i.e. uma lixeira não deverá estár localizada sobre terrenos permeáveis (como ilustra a imagem), pois há risco de contaminação dos aquíferos abaixo desta. A água vinda da chuva ao infiltrar-se através dos detritos da lixeira fica contaminada e vai contaminar o aquífero, deslocando-se no sentido da corrente da água subterrânea, como evidencia a figura
Prevenção da salinização das águas subterrêneas
Junto ao litoral, (e dado que Portugal tem uma grande faixa litoral esta é uma situação ainda a ter mais em conta), os furos de captação podem contribuir para a poluição dos aquíferos. A sobre-exploração, com a bombagem da água dos furos pode levar a uma baixa do nível freático e permitir a entrada de água salgada.
Para evitar esta situação há que fazer as captações em locais geologicamente vantajosos e fazer uma extracção racional da água de cada captação.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Contaminação de Aquíferos
A extracção de água dos aquíferos em quantidade superior à capacidade de estes se realimentarem está a provocar em toda a bacia mediterrânica o fenómeno da intrusão salina. Um dos casos mais graves é o do sul de Espanha, onde 60% dos aquíferos situados junto à costa estão já contaminados.
A entrada de água do mar para o espaço das reservas subterrâneas deixado vago pela extracção não-sustentada da água doce feita nas zonas litorais é documentada por um estudo europeu. Este assinala a Espanha como um dos casos mais graves no contexto dos países da bacia mediterrânica.
De acordo com um dos autores da pesquisa, a água doce que é contaminada por 5% de água do mar fica logo imprópria para uso humano e também para a agricultura. José Benavente Herrera, da Universidade de Granada, refere que cada aquífero deve ser estudado para se lhe aplicar uma solução, a qual pode passar, primeiro, por suspender as extracções e até pela injecção de mais água. O mesmo especialista considera que, perante situações destas, há que equacionar muito bem se podem ser feitas barragens a montante. Recorde-se que, em Portugal, o caso mais grave de salinização afecta aquíferos no Algarve.
A entrada de água do mar para o espaço das reservas subterrâneas deixado vago pela extracção não-sustentada da água doce feita nas zonas litorais é documentada por um estudo europeu. Este assinala a Espanha como um dos casos mais graves no contexto dos países da bacia mediterrânica.
De acordo com um dos autores da pesquisa, a água doce que é contaminada por 5% de água do mar fica logo imprópria para uso humano e também para a agricultura. José Benavente Herrera, da Universidade de Granada, refere que cada aquífero deve ser estudado para se lhe aplicar uma solução, a qual pode passar, primeiro, por suspender as extracções e até pela injecção de mais água. O mesmo especialista considera que, perante situações destas, há que equacionar muito bem se podem ser feitas barragens a montante. Recorde-se que, em Portugal, o caso mais grave de salinização afecta aquíferos no Algarve.
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Sara Fernandes
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Criada primeira célula viva com genoma sintético
Craig Venter, que há 10 anos tinha apresentado o Mapa do Genoma Humano, volta a inovar ao criar uma célula artificial
Craig Venter já tinha impressionado o mundo da ciência há 10 anos, ao apresentar o Mapa do Genoma Humano a Bill Clinton, na Casa Branca. Agora, o norte-americano voltou a fazer história ao criar a primeira célula viva com genoma artificial. Esta será útil para a compreensão dos mecanismos da vida e produção de vacinas ou mesmo de ingredientes alimentares.
"Este cromossoma - o elemento portador da informação genética - foi produzido a partir de quatro frascos de substâncias químicas e um sintetizador, e tudo começou com dados informáticos", anunciou ontem o próprio, no instituto com o seu nome. Para Venter, esta descoberta é um "passo importante, científica e filosoficamente".
"Mudou o meu ponto de vista da definição de vida e do seu funcionamento", acrescentou o cientista, cujo trabalho foi publicado na revista Science desta semana.
Os investigadores construíram um "software genético" bacteriológico que foi transplantado para uma célula hospedeira, o que resultou numa célula sintética - isto apesar de só o genoma ser artificial. Depois copiaram o genoma bacteriológico existente. Sequenciaram o código genético e usaram máquinas sintéticas para construírem, quimicamente, uma cópia.
"Estamos aptos a pegar no cromossoma sintético, transplantá-lo para uma célula hospedeira - um organismo di- ferente", disse Craig Venter à BBC News. "Assim que o novo software entre na célula, esta irá ler o software e converte a célula na espécie especificada nesse código genético."
As células resultantes multiplicaram-se vários biliões de vezes, produzindo cópias com esse ADN sintético. Esta é a primeira vez que um ADN sintético teve total controlo de uma célula. "É uma ferramenta muito poderosa para projectar aquilo que queremos que exista em Biologia", resumiu. Já em 2008, Venter e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido um genoma bacteriano cem por cento sintético.
O avanço foi saudado como uma marca na história da ciência, mas os críticos dizem que existem perigos relacionados com os organismos sintéticos. A equipa espera que esta novidade ajude a produzir medicamentos, combustíveis e até a absorver gases causadores do efeito de estufa.
Noticia publicada pelo DN dia 21/05/2010
Craig Venter já tinha impressionado o mundo da ciência há 10 anos, ao apresentar o Mapa do Genoma Humano a Bill Clinton, na Casa Branca. Agora, o norte-americano voltou a fazer história ao criar a primeira célula viva com genoma artificial. Esta será útil para a compreensão dos mecanismos da vida e produção de vacinas ou mesmo de ingredientes alimentares.
"Este cromossoma - o elemento portador da informação genética - foi produzido a partir de quatro frascos de substâncias químicas e um sintetizador, e tudo começou com dados informáticos", anunciou ontem o próprio, no instituto com o seu nome. Para Venter, esta descoberta é um "passo importante, científica e filosoficamente".
"Mudou o meu ponto de vista da definição de vida e do seu funcionamento", acrescentou o cientista, cujo trabalho foi publicado na revista Science desta semana.
Os investigadores construíram um "software genético" bacteriológico que foi transplantado para uma célula hospedeira, o que resultou numa célula sintética - isto apesar de só o genoma ser artificial. Depois copiaram o genoma bacteriológico existente. Sequenciaram o código genético e usaram máquinas sintéticas para construírem, quimicamente, uma cópia.
"Estamos aptos a pegar no cromossoma sintético, transplantá-lo para uma célula hospedeira - um organismo di- ferente", disse Craig Venter à BBC News. "Assim que o novo software entre na célula, esta irá ler o software e converte a célula na espécie especificada nesse código genético."
As células resultantes multiplicaram-se vários biliões de vezes, produzindo cópias com esse ADN sintético. Esta é a primeira vez que um ADN sintético teve total controlo de uma célula. "É uma ferramenta muito poderosa para projectar aquilo que queremos que exista em Biologia", resumiu. Já em 2008, Venter e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido um genoma bacteriano cem por cento sintético.
O avanço foi saudado como uma marca na história da ciência, mas os críticos dizem que existem perigos relacionados com os organismos sintéticos. A equipa espera que esta novidade ajude a produzir medicamentos, combustíveis e até a absorver gases causadores do efeito de estufa.
Noticia publicada pelo DN dia 21/05/2010
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